Fomos até a escola, largamos o material e caminhamos no entorno até o local dos festejos. Uma estrutura típica de festejos do interior com barraquinhas de bebidas e brincadeiras, espaço de feira e no centro o pau que serve de mastro central para as bandeirinhas. O espaço a noite funciona, pois há muito lixo no entorno das barracas e nas proximidades do barranco do rio. Aliás, a questão do lixo é um problema seriíssimo nas localidades por onde passamos. Muito lixo mesmo! Sempre procuramos conscientizar por onde passamos, mas é preciso uma educação contínua.
Voltando a escola, em minutos começou a apresentação do Léo como Xodó, depois foi chegando o Dorminhoco, do Nivaldo. Depois da função partimos para o barco almoçar, no caminho brincávamos que a apresentação foi lenta, vagarosa. Foi o décimo dia e o pessoal resolveu propositalmente apresentar no tempo da localidade, no ritmo dos ribeirinhos, bem no balanço da rede. Foi divertido. À tarde o pessoal foi para a apresentação e fiquei escrevendo os relatos, analisando as fotos e vídeos que fiz.
A noite chega e o quiosque central próximo a Igreja matriz já está preparado com refletores, mesa de som, notebook, para as apresentações do velho Justino e Guadalupe. Cai uma chuva e colocamos o público dentro do Quiosque, em torno de quarenta pessoas que aumentou depois da estiada da chuva. Justino chega e sai salpicando suas poesias longas e brincando com o público. Na seqüência quando Guadalupe entra em cena já temos quase 200 pessoas. Encerrada a apresentação os atores conversam com o público, falam do projeto Banzeirando e da receptividade da cidade.
Desprodução feita, jantamos e nos preparamos para partir amanhã cedo para a Cidade de Humaitá, localizada no Estado do Amazonas, estaremos saindo finalmente do Estado de Rondônia depois de 10 dias banzeirando por ele. Há grande expectativa de chegar a Humaitá, porque será a primeira vez depois do início da Jornada que teremos novamente as comunicações de celular e internet.
Vamo que vamo!!
Márcio Silveira dos Santos
Grupo Teatral Manjericão
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