sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Dia 29/11/2010 – Segunda – Feira / BANZEIRANDO – Uma Jornada Teatral pelos Rios da Amazônia / Diário de bordo e terra

O dia começou as 06h30min pra mim, pois para os demais o barco já estava em deslocamento de Santa Catarina para o Distrito de Conceição, mais especificadamente no porto da Dona Preta. Uma espécie de benzedeira/curandeira que atende duas vezes por semana em sua casa. Nos recebeu as 09h30min, combinamos que não levaríamos equipamentos como máquina fotográfica, filmadoras, etc. Dona Preta não gosta de ser fotografada e não quer ninguém filmando sua casa e atividades. Privacidade total. Terreno bem florido e casa grande com pilares altos devido às cheias. Sentamos e conversamos por uma hora sobre políticas, ecologia, e algumas piadas e brincadeiras, nada muito destacável. Uma prosa simples e de respeito. Já valia a pena ficar sentado ali naquele lugar de boas energias e abençoado pelos encantados da floresta e do rio madeira. Chicão convidou Dona Preta e seu marido, o Raimundo, para almoçarem conosco no barco, relutou, mas aceitou. Pois disse que não conseguiria descer o barranco, de mais ou menos 50 metros de altura. Dona Branca perguntou que tipo de comida ela gostaria de comer e respondeu que gostaria que fosse peixe. Descemos após nos despedirmos, no barco todos preparavam o ambiente para receber o casal, uma arrumação danada. Chegando perto do meio dia Dona Preta mandou avisar que havia chegado muita visita e que não iria descer mais. Como respeito o pessoal da cozinha mandou uma quantia de peixe pra Dona Preta através do Thallisson que voltou dizendo que ela havia nos abençoado para o resto da Jornada. Evoé!

Seu Raimundo havia dito que as crianças estavam na escola ali por perto, na localidade de Papagaio. Chicão pediu pro Léo e Nivaldo irem fazer uma intervenção, foram de voadeira, mas não aconteceu porque ao chegarem na escola os alunos estavam a passeio em Porto Velho.

Após o almoço partimos para o distrito de Calama, chegamos às 14h. Chicão e Vrena constatam que boa parte da cidade desmoronou, a erosão dos barrancos destruiu uns 60 metros da cidade. Aliás, no deslocamento de Dona Preta até Calama a situação é bem critica neste sentido. O Rio se alarga brutalmente, árvores e toneladas de terra desabam nas águas turvas do Rio Madeira.

Hoje, nesta localidade, só reconhecimento da área. Alguns aproveitaram o dia para lavar roupas, tomar banho de rio, pescar, jogar dominó, etc. Amanhã Banzeiramos a mil em Calama!

Vamo que vamo!!

Márcio Silveira dos Santos

Grupo Teatral Manjericão

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