sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Dia 25 e 26/11/2010 – Quinta e Sexta-Feira / BANZEIRANDO – Uma Jornada Teatral pelos Rios da Amazônia / Diário de bordo e terra


Dia clareou em São Carlos, ficaremos dois dias por estas bandas. Estamos no quarto dia da Jornada, ainda em território administrado pela Prefeitura Municipal de Porto Velho. Chicão na Quinta-Feira pela manhã foi às comunidades agendar apresentações, hoje o Manjericão apresenta O Dilema do Paciente à tarde na Escola Municipal de Ensino Fundamental Henrique Dias e a noite será a vez do Tancredo Silva com o Velho Justino.
A localidade de São Carlos é um pouco maior que Cujubim. Há ruas de pisos de concreto, estreitas com três metros de largura. Não há carros, somente motos e bicicletas. Uma quantidade grande de quadras e no centro há uma praça central, que só tem espaço para a placa dizendo praça central, junto há uma agência dos correios, a escola e dois mercados, um cemitério pequeno e um campo de futebol. Mas o povoado em si é agitado, há um bar noturno, entre tantos, chamado Xana’s Bar, fica lotado de sexta a domingo. Foi lá que agitamos o esqueleto por duas noites.
Na sexta-feira Léo apresentou pela manhã e tarde na Escola e a noite realizamos apresentações de todos no largo da Igreja Matriz.
Como no Manjericão todos somos professores também, tenho que relatar aqui o descontentamento de um fato nesta escola e que ocorre muito quando acontecem apresentações em escolas. Geralmente os professores aproveitam o tempo para realizarem reuniões, discussões, planejamentos, exatamente durante as apresentações artísticas. É uma lástima! Professor tem que fruir arte, manter a apreciação e reflexão estética e crítica. Se permanecer este pensamento e atitude, eu pergunto: - Que tipo de aluno estará formando? Ele será um cidadão crítico e consciente de seus direitos e deveres neste país de tantas desigualdades sociais? Não somos depósitos de corpos onde largam os alunos deixando a cargo dos artistas ocuparem o tempo destes! A Anelise chamou a atenção dos professores para este fato quando soube, após a apresentação, que estavam em reunião. Fora isto a apresentação foi muito divertida, numa área coberta, pequena, mas que permitiu uma grande aproximação do público com a trama das peripécias do palhaço Brigela na busca de solução para as manchas azuis pelo corpo.
As 20h iniciamos um cortejo até o largo, Léo foi o apresentador e realizava mágicas nos intervalos. O Grupo Teatral Manjericão apresentou primeiro, depois o Tancredo e por último o Nivaldo com a personagem Guadalupe. O público foi bom, com certa dificuldade de participação quando convidados, mas nada que os artistas estradeiros não conseguissem contornar. Fechada a noite de apresentações comemoramos no Xana’s Bar. Na manhã seguinte partimos para o Distrito de Nazaré.
Vamo que vamo!!
Márcio Silveira dos Santos
Grupo Teatral Manjericão

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